STRATOVARIUS - VIA FUNCHAL, SÃO PAULO 2000

Em uma noite não muito quente em São Paulo, o público compareceu em massa para assistir ao show da banda finlandesa, Stratovarius. Show que estava previsto para ser realizado no dia 19 de agosto, porém, em virtude de uma queimadura que o vocalista da banda, Timo Kotipelto, sofrera na mão, durante a apresentação da banda em “Wacken”, o show teve que ser adiado para dois meses depois. Mas isso tudo só serviu para animar os fãs da banda, que vieram de diversas cidades, para conferir a apresentação.
Com um atraso de meia hora, as luzes do Via Funchal se apagaram. O público ouviu a música de introdução com muita atenção, misturado à angústia, pois a banda demorou a subir ao palco. No final da introdução, o primeiro a aparecer foi o baterista Jörg Michael, que arrancou aplausos do público. Depois disso, a introdução de “Hunting High and Low” foi tocada, levando todos ao delírio. Timo Kotipelto, já recuperado do incidente de Wacken, entrou no palco correndo e começou a cantar junto ao público. Após o segundo refrão da música o microfone de Kotipelto parou de funcionar, o que o obrigou a trocar de microfone, porém, o segundo microfone também não funcionava. No final da música arrumaram um microfone que funcionava. Kotipelto conversou com público após a primeira música, explicando o problema da queimadura na mão e logo em seguida perguntou ao público se estavam interessados em músicas “rápidas”. Com a resposta afirmativa do público, a banda tocou “Millennium”, que mais uma vez fez o público levantar.
Começando com um solo de baixo de Jari Kainulainen, um dos maiores hits da banda, “Kiss Of Judas” manteve a empolgação do público. Em “Mother Gaia”, enquanto a banda tocava, nos telões apareciam imagens de animais aprisionados, sendo cobaias para pesquisas e ao mesmo tempo apareciam imagens de animais livres, sem a interferência do homem. Ao final de “Mother Gaia”, a banda emendou a música “Phoenix” que deu uma injeção de ânimo no público. Porém, as músicas que realmente levantaram o público foram “A Million Light Years Away”, “Agains The Wind” e “Speed Of Light”. Em “Speed Of Light”, no momento em que Timo Tolkki deveria fazer o solo no meio da música, a banda parou de tocar. Kotipelto perguntou ao público se a banda deveria continuar tocando. Após mais uma vez receber a resposta afirmativa do público, a banda voltou a tocar de onde eles haviam parado. A música “Infinity” veio na seqüência e mais uma vez, imagens fortes apareciam nos telões. Muitas pessoas ficavam viradas para os telões assistindo as cenas de pessoas vivendo em situações precárias devido à fome, superpopulação e guerras. Com essas imagens, muitas pessoas conseguiram captar a mensagem da música. Com a primeira parte do show quase no fim, a banda tocou um dos maiores clássicos: “Father Time”. O peso desta música, a velocidade e o refrão totalmente melódico, provaram que o Stratovarius é sem dúvida nenhuma o maior representante do Heavy Metal melódico atualmente.
Terminada “Father Time”, a banda saiu do palco. Atendendo ao público que os chamavam, voltaram e abriram a segunda parte do show com “SOS”, do disco Destiny. Com o público na mão, Kotipelto anunciou a balada “Forever”, que arrancou aplausos de todos que estavam presente no Via Funchal. A última música do primeiro “bis”, foi “Paradise”, talvez o melhor momento do show. O público fiel, cantava verso a verso, deixando a própria banda emocionada. Terminada a música, mais uma vez o Stratovarius retirou-se do palco e mais uma vez o público gritou o nome da banda. Depois de uma longa espera, a banda retornou ao palco, para fechar o show de forma fantástica, tocando “Black Diamond”.
Com um grande carisma e competência, o Stratovarius conseguiu cativar o público de São Paulo. Uma noite memorável para os fãs do Stratovarius que estiveram no Via Funchal e memorável para a banda, que teve a felicidade de tocar para um público fantástico.

Fonte: Whiplash